Ei moço! Me da um cigarro?
Eu preciso do amargo tabaco
pra inferiorizar a minha amarga melancolia.
Vai moço, não me negue um cigarro,
necessito da sua brasa na garganta
cauterizando as palavras não ditas.
Poxa, é tudo que lhe peço,
quero embaçar meus olhos cansados
com sua densa fumaça de respiração.
Quero calor nos meus pulmões
para aquecer minha alma fria.
Quero poetizar minha tristeza
numa cena de cinema clássico:
dor, cigarro, caneta, beleza avessa.
Moço, vai, seja bonzinho,
deixa-me sentir viva,
me deixa exteriorizar meu sopro sofrido,
minha mente nebulosa,
meus ossos em cinzas,
Deixa eu me desfazer!
Por favor seu moço!
*Texto encontrado numa bolsa... Tem um tempinho que escrevi já!
Quando a vida toma outro rumo.
Há 14 anos