segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Levo a vida a cada passo,
assim distraída, despreocupada.
Minhas raízes não são fixadas,
eu as arranquei há tanto tempo.
Minhas essências se exalam a cada respiração
e pensamentos são levados pelo vento.
Sou do mundo, do universo,
sou minha, não tenho dono, nem casa.

Meus nós não são flores, nem rios, são pássaros.
Minhas cordas se romperam,
e meu caminho é infinito.

A minha vida não é gaiola, é floresta, é mar.
Meu idioma é único, é universal.
Sou cada semente, cada fonte de vida.
Cada ser é mar, e mar é universo em expansão.

Sou passageira como uma brisa de verão,
mas deixo rastros, solto sementes por onde eu passo.
Me libertei quando o vento passou por mim,
e soprou em meu rosto.
Me disse: És minha filha, tens que se soltar,
tens que amar livremente e se intensa.
Mas nunca se esquecer do mistério das estrelas,
pois a cada brilho único delas, está a sua história.