quarta-feira, 1 de junho de 2011

Explicações

Há 1 mês venho dado cabeçadas na parede, me perguntando o porque de alguns acontecimentos.
As vezes parece que tudo tá bem, tudo na harmonia. Porém, vem um furacão e tira tudo do seu lugar, destrói tudo.
E isso me faz lembrar algo que uma amiga me disse no passado..

"Não se preocupa, tudo que acontece sem explicação Deus te explica amanhã."

E isso já aconteceu, ele me explicou um fato no passado... E me dando um presente... Porém ele resolveu tirar esse presente também...
E o que eu faço?
Bom, eu sigo em frente, dessa vez sem dar cabeçadas. Lá na frente ele vai me explicar novamente... Eu vou conseguir entender o porque disso tudo...
Então é hora de manter a calma, enxugar as lágrimas e caminhar para uma nova resposta.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ambivalência

Sou algo ambivalente?
De natureza paradoxa?
Lados contrastantes de uma mesma ação?
Tenho que pesar!
Tenho que colocar minha vida na linha do destino.
E só assim saberei qual valência é a que quero seguir. Sem deixar que o magnetismo da outra polaridade me puxe.

2º valência será repulsão.

AMBIV
A
L
E
N
T
E



terça-feira, 9 de novembro de 2010

Refletir

Há tempos venho pensando em voltar a escrever, por muito tempo esse simples ato foi uma das minhas maiores válvulas de escape. Porem abria a pagina do blog e nada saia, simplesmente não sabia por onde começar.
Uma certa época pensava que só conseguia escrever quando estava triste, ou confusa, ou com euforia extrema. Mas fui percebendo que eram desculpas para não me expressar quando queria. Pensava até que não tinha o porque escrever já que não sou boa nisso, mas sinceramente não quero ser escritora só expor. Porém meu maior medo era esse. Me expor.
Isso me leva a pensar: Por que temos tanto medo de nos mostrar, nos abrir?
Isso não é um ato científico, calculado, 2+2=4, se expor é igual a ser vulnerável, muito pelo contrario. Se expor pode ser muito bom, podemos fazer com que as pessoas nos vejam melhor, nos entendam melhor sabe? Algo do tipo: Eu sou isso aqui cara, agora você pode enxergar se quiser!
Muita coisa teve que acontecer para eu chegar nesse pensamento, muitas mudanças, percas, ganhos, muita transição, e isso continua... Mas no final ainda não sei como fazer isso, como mostrar ao mundo quem eu sou, o que sinto o que penso. Algo nesse meio se perdeu, uma parte de mim que já foi muito aberta se fechou de uma forma que não consigo entender. Que simplesmente não consigo achar.
Acho que isso me levou a parar de escrever, parar que "me expor", seja por palavras, por atos, por textos, por qualquer forma. É como se as vezes agisse de forma contraria, vivesse na contramão fugindo da verdade de quem eu sou, do que eu sinto.
Ao longo desse ano percebi que cansei dessa "fuga", cansei de não ser o que realmente sou, e isso me afeta bastante. Pessoas se foram e não tiveram oportunidade de saber quem realmente era a pessoa que elas conviviam. Espero muito que pelo menos uma parte tenham conseguido enxergar.
Cansei de viver em busca de auto-conhecimento, pra que viver procurando incansavelmente algo que apenas se deve sentir e aceitar?
Em resumo disso tudo? Dessa ladainha toda?
Não me busco mais, não me procuro mais, apenas me exponho ao que sou, como um reflexo, e reflito isso ao mundo. Chega!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A delicadeza com a profundidade de Godard

Para aqueles que me conhecem não é novidade a minha paixão pelo cinema. Ainda mais pelos clássicos e cults.
Ontem fazendo uma pesquisa visual sobre o Godard me deparei com a seguinte cena de Vivre sa Vie (1962), na qual ele nos presenteia com esse incrivel dialogo entre sua esposa na época, Anna Karina (Nana) e o Filosofo francês Brien Parain. Observem a delicadeza da cena, em contra posição da profundidade dos assuntos... Um excelente diálogo que deve ser muito bem refletido.


Então, essa é a volta do Some True Lies... Muito tempo afastada, mas retomando aos pouquinhos.. Gosto muito desse cantinho aqui.
Beiiijos Lô.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A menina e a cidade dos sonhos...

Era um vez uma menina que seguia no seu caminho de dúvidas. Apesar de viver sempre muito inconstante, ela sempre tentava se focar em algo, jogava sua força toda no seu único objetivo: Se encontrar!
Ela já havia passado por muitas cidades momentâneas, pensando ter se encontrado em cada uma delas. Até que um dia ao encontrar uma cidadezinha colorida e disforme, ela respirou e disse:
- Ah! Sei que esse caminho será meio complicado, não sou tão habilidosa para viver nesta cidade, mas me esforçarei, gosto de viver aqui! Esse lugar me passa liberdade!
E assim a menina pensava finalmente ter se encontrado...
Os dias foram passando, o seu ciclo mudando e a menina continuava fixa. Oras! Por mais adversidades que ela encontrava nessa cidade, ela conseguia se sentir em casa lá... Tinha bons vizinhos e bons caciques!
Mas a menina sempre fora muito indecisa, muito insegura, e nunca soube ao certo se ela conseguia ser uma boa locatária lá! Apesar de seu coração as vezes sorrir nessa cidade.
Até que um dia um vento muuuuito forte soprou no rosto da menina e disse:
- Terás que deixar essa cidade! Tens que viver como todos! Tens que viver como eu viveria se fosse humano! Sua missão é me resgatar e me tornar humanizado!
A menina chorou! Ela não queria deixar a única cidade, que embora ela vivesse com inseguranças, era aceita! A única cidade que se sentia capaz de ser cidadã! A menina se sentiu perdida... Não sabe pra que outra cidade correr, não sabe se nasceu para pertencer a uma cidade ou ser vento!
Pobre menina! Nunca saberá se nasceu para ser cidadã dessa cidade! No fundo ela chora, pois sabe que nasceu pra ser vento, não nascera para nada mais...

domingo, 22 de novembro de 2009

Aonde a vida nos leva?

Aonde nos deixamos levar?

Alguma vez você já parou pra pensar até onde você é capaz de ir?
As vezes a felicidade ilusória é sua pior inimiga e melhor amiga ao mesmo tempo...
Isso pode soar como uma linha tênue sobre o rio da loucura... Não estou longe disso...
Como entrei nesse mar vasto e confuso? Até eu gostaria de saber...
Mas não quero passar meus dias me usurpando... Sendo uma mentirosa, não sou isso!

Tudo sempre começa como uma válvula escapatória sorrindo para você, te seduzindo...
E você, totalmente encantando, entra nesse universo, e vai a fundo, procurando satisfações momentâneas, algo que tire sua dor perseguidora...
E você se engana tanto, que se sente um ser sobrenatural, de poder devastador, poderosa...
Mas por dentro se sente cada dia mais fraca e perdida, sabe que está vivendo uma mentira, não pertence a esse mundo!
Já vivi de mentiras antes e me recuperei... Mas afinal? Qual a diferença entre suas fantasias, seu universo paralelo de fuga e a vida mentirosa?
Acho que é a mesma da minha falta de sanidade momentânea!

Sou mentirosa, sou super poderosa, sou usurpadora, sou nojenta, sou nada.
Me resgata?
Me ajuda a achar meu caminho novamente?
Algo que me leve ao mundo que eu realmente pertença!
Não aguento mais viver assim!
A linha tênue está se rompendo...
O tempo está acabando...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Levo a vida a cada passo,
assim distraída, despreocupada.
Minhas raízes não são fixadas,
eu as arranquei há tanto tempo.
Minhas essências se exalam a cada respiração
e pensamentos são levados pelo vento.
Sou do mundo, do universo,
sou minha, não tenho dono, nem casa.

Meus nós não são flores, nem rios, são pássaros.
Minhas cordas se romperam,
e meu caminho é infinito.

A minha vida não é gaiola, é floresta, é mar.
Meu idioma é único, é universal.
Sou cada semente, cada fonte de vida.
Cada ser é mar, e mar é universo em expansão.

Sou passageira como uma brisa de verão,
mas deixo rastros, solto sementes por onde eu passo.
Me libertei quando o vento passou por mim,
e soprou em meu rosto.
Me disse: És minha filha, tens que se soltar,
tens que amar livremente e se intensa.
Mas nunca se esquecer do mistério das estrelas,
pois a cada brilho único delas, está a sua história.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Dúvidas...

Mais uma madrugada me embala,
com seu cântico de silêncio.
No ar, uma densidade estranha,
tá mais húmido, mais pensado, mas sufocador.
Quero um cigarro, preciso exteriorizar esse ar,
esse grito, esse mundo girando na velocidade da luz.

Calma, respira, feche os olhos.
Isso é passageiro, passa com a vida,
um dia você acorda, morre e vai.
Será?
Então passa todos os dias ?
Morremos a cada respiração, a cada pulso,
a cada camada invisível de si que é solta.

Não! Não pode ser! Sou jovem!
Não tenho medo da bela dama me levar,
mas tenho coisas não terminadas e não começadas,
tenho auto-promessas a cumprir!
Tenho muito de mim para dar!
Muito de outros para arrecadar!
Não posso bela Dama! Espere!
Não respirarei mais, nem pulsarei,
nem deixarei que minha pele seca e invisível se solte de mim!

Calma menina,
acenda teu cigarro,
expire esse ar pesado,
abra os olhos, é pesadelo.
Não te levarei tão cedo, tens muito o que cumprir!
Muito para dar e muito para arrecadar,
mas terá antes que aprender a absorver!

E amanhã bela dama?
Como vai ser?
O que tenho a fazer antes de eu morrer?

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Maresia

Me vesti para ver o mar,
nele mergulhei tomada pelas ondas dos pensamentos.
Meus cabelos de ondas me levaram para longe,
para um paraíso submerso aonde corais coloridos brilham ao verem o sol.

Naveguei pelo desconhecido,
parando em cada porto,
buscando me encontrar,
buscando respostas.

No céu as estrelas sempre me acompanharam,
me advertindo, me orientando, me trazendo alegrias.
Estrelas celestes do mar,
mar de sorrisos, de verbos, mar-humano.

Vesti minha pele para caminhar na areia.
Buscando sentir cada grão de vida,
cada concha quebrada de mim.
Os pássaros pousados cantaram,
e eu conhecia a canção, ela me embalava,
embora eu não fosse capaz de escutá-la.

Nadei com as algas e as tartarugas,
brinquei com golfinhos falantes,
que me explicavam as incertezas da vida em versos de sal.

Mergulhei hoje nesse mar,
tenho ido lá há um tempo.
Mar paralelo a mim,
Mar de mim.

01-07-09
7:24h

terça-feira, 2 de junho de 2009

Finos Saltos

Em uma fina linha,
suspensa no céu do tempo,
bamba, sem alguma proteção.
Tento atravessar,
caminho calmamente,
me equilibrando nos finos saltos ocultos que você escolheu.

Um forte vento de incertezas me balança,
passa com a intensidade de um furacão.
No vai e vem das lembranças e de atos presentes,
me desequilibro.

Inspiro fundo buscando restaurar minha postura.
Um passo em falso pode ser fatal.
Se eu cair, qual dos pólos devo escolher?
Será que encontrarei algo para me segurar?
Ou algo que me suspenda e me ajude a seguir?

Se equilibra menina,
ultrapassar essa fina fronteira é sua missão, sua sina.
O incerto é sua chegada,
tem cor de folha viva, mas prestes a secar.
Vá! Se apresse, o outono está acabando!
Há de tombar, mas há de chegar!
Sempre seguindo, suspensa nos seus finos saltos,
finas lembranças, finas respostas,
fina corda.