quarta-feira, 9 de julho de 2008

Engraçado como as vezes precisamos experimentar o ruim para reconhecer o que realmente é bom. Isso talvez possa soar meio estranho, até por que não está em um contexto, mas vamos lá, deixa eu tentar explicar...
Ontem eu estava conversando com um amigo e não sei porque o assunto foi parar em falsos amores, aqueles que achamos que sentimos, ou que nos forçamos a sentir para provarmos algo. É, isso pode ser meio estranho, mas isso acontece com as pessoas com mais frequência do que se pode imaginar. Eu mesma já tive dois desses... Bizarro né?!
Então, vamos para o resultado das coisas, nos forçamos a sentir algo, nos iludimos, muitas vezes iludimos pessoas junto e muitas vezes acamos frustados, porque aquilo não vai ser como esperávamos e o pior, alguns de nós até traumatizados.
Não estou aqui hoje para falar sobre como isso acontece, o porque acontece e como nos damos conta disso. E sim para falar sobre o oposto.

Após eu pensar sobre essas "paixões" e em como explica-las, fiquei buscando uma forma de como fazer o inverso. Ou seja, perceber e explicar como é quando esses sentimentos são verdadeiros. Estranho né?!
Muitos pensadores, poetas, escritores, músicos, etc... Já buscaram formas de traduzir isto, sei que nós, pessoas pseudo-pensadoras também buscamos isso, mas muitas vezes guardamos para nós mesmo.

Como é está apaixonado de verdade? Cada um tem sua forma de se apaixonar. Mas acho que alguns "sintomas" são iguais para todos nós. Como por exemplo: Sorrisos bobos sem razão, a falta gritante e sufocadora que a pessoa faz, a vontade de falar nela toda hora, a atração magnética que seus olhos, e seu corpo em si, sofrem sobre esta, a enoooooooooorme frequência desta em seus devaneios, em quais muitas vezes você se pega imaginando até as situações mais ridículas com essa pessoa, como diz uma amiga minha: "cara eu me imagino até cozinhando com ele".
Só que muitas vezes junto com tantas coisas boas, esses sintomas vem acompanhados da terrível indagação que não te abandona um segundo e que te deixa mais angustiado do que você pensava que um dia poderia ficar, daquelas que suga seu ar todo e te deixa com um enorme vácuo interno. A razão. Será que não podemos deixar de pensar no porque isso aconteceu um segundo? Sobre como nós fomos deixar acontecer?(Sim, porque quase sempre nos culpamos por uma coisa que é inevitável, que não depende da vontade de ninguém).
São coisas que você só vai perceber que sente com o tempo, com o convívio ou com a falta dele. Que muitas vezes nem percebemos que sentimos, até isso estourar de repente como uma bomba em nós. E aí? E aí que ficamos perdidos, sem chão, sem caminho, inertes.
Mas sabe? Essa sensação de estar sem chão é mais do que gostosa. Assim como o frio no estômago pela ansiedade de ver, de tocar, de pensar. Assim como a preocupação de não demostrar, não ser "descarado", mas querendo deixar a dúvida no ar. E principalmente a sensação do olhar intenso. Ahhhhhhh! Essa pra mim é a mais gostosa. Amo olhares, amo observar. Se observar o que é belo já é bom, imagina a sensação de observar aquile que tem significados mais que fortes para você?

Então, se tudo é tão gostoso e mágico assim, porque muitas vezes transformamos isso em uma coisa terrível que deve ser exterminada?! Tudo é feito para se curtir e se aproveitar, nada acontece por acaso. Viver os mometos e sentir como estes são especiais é o que torna a vida mais gostosa, é o que nos traz a sensação de felicidade do dia. A felicidade não é um status permanente, como muitos acham, aquele que tanto buscamos as vezes, a felicidade em si é sentirmos como aquele momento mexeu com a gente trazendo coisas mais do que inesquecíveis.

Com o fim da minha "pequena" descrição! Deixo a minha dica para vocês meus amigos!

NUNCA DEIXEM DE APRECIAR OS MOMENTOS OU A VIDA, SEJA LÁ PELO MOTIVO QUE VOCÊ TIVER. PORQUE ESTES SÃO ÚNICOS, SÓ ACONTECEM UM VEZ E COM UMA INTENSIDADE. E O ARREPENDIMENTO DE TER DEIXADO ESSES MOMENTOS PASSAREM É UMA DOR ENORME, UMA FERIDA QUE SEMPRE ESTARÁ ABERTA!

domingo, 6 de julho de 2008

A big daydream...

Você já se sentiu como se pertecesse a um universo paralelo?!

Ultimamente tenho percebido que sou, na verdade, nada mais do que uma autista não diagnosticada. Afinal, não é normal alguém passar mais de 90% de seu tempo "viajando", as vezes até nas situações mais absurdas.
É engraçado como ao longo de 19 anos sempre me senti um peixe em pleno deserto. É como se eu não fizesse parte de nada ao meu redor.. Na verdade é como um amigo meu definiu uma vez, "você na verdade vive tentando se encaixar no mundo", e ele está absolutamente certo!
Eu sempre gosto de associar o que acontece as pessoas com sua infância. E quando eu era criança meus desenhos preferidos eram Alice no país das Maravilhas, O estranho mundo de Jack e O fantástico mundo de Bob. Sim os dois primeiros não são muito comuns à uma criança, meninas geralmente amam as princesas da Disney, na verdade nunca gostei delas, sempre as achei burras e intediantes. Mas sempre amei a Alice, e sempre me via muito nela, me sentia como se estivesse presa num mundo irreal como tal.
Outro dia estava conversando com uma amiga, na ocasião estava muito confusa, até um pouco infeliz, pois me sentia apaixonada perdidamente por um personagem de livro. Na verdade, estava mais era revoltada comigo mesma, pois como meu era capaz de me apaixonar por algo irreal, enquanto não sou capaz de fazer o mesmo por algo concreto?! Acho que isso acontece pois muitas vezes nos fechamos para o mundo que vivemos, consequentemente para as possibilidades. E nós humanos temos necessidade de absorver sentimento de algum lugar, nem que seja de uma fantasia. No meu caso, acho que foi tentar negar meu sentimento atual.
Acho que eu ando me prendendo demais na minha paixão por livros e filmes, tenho que deixa-los um pouco de lado e tentar me apaixonar pela realidade. Ou tentar quebrar minha redoma de vidro que está mais do que bem vedada. Pois me sentir afundando num mar de pensamentos está me enlouquecendo.

Mas quem sabe a vida não seja isso mesmo, um grande devaneio?!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Well, let's start!
Esse blog não é para ser algo inspirador, ou um relato condidiano, mas sim um espaço para desabafar, para soltar os pensamentos e os sentimentos... Não é para se esperar palavras bonitas e rimas boas, nunca fui muito boa com isso... hehehe... Mas para lerem minhas "verdades"...
Não é um bom modo para se começar um blog eu sei, nunca fui muito boa em começar coisas, talvez porque eu simplesmente não sei começa-las. Mas ultimamente tenho sentido um bolo preso na minha garganta e no meu peito me sufocando, e não tinha aonde cuspi-lo, é engraçado como quando você quer ir á uma festa surgem 500 pessoas disponíveis, 100 sorrisos falsos para você, mas quantas dessas pessoas e desses sorrisos realmente te estendem a mão, ou te escutam quando você precisa soltar o que você sente?!

Essas últimas semanas eu andei, e ainda ando, muito pensativa. Comecei procurar respostas para perguntas que há muito tempo eu tenho deixado em branco, mas chega um dia em que você precisa parar tudo e pensar, ou você surta... Se achei minhas respostas? Sim, algumas... Mas nem todas foram muito "felizes".
Sabe, nesse meio tempo eu me afastei de tudo e de todos, apenas para me escutar, mas parace que as pessoas não compreendem que as vezes a gente apenas precisa de um tempo pra gente, e tudo começa a virar um grande drama, começam a dizer que você tá estranha, tá doente, tá depressiva, até que precisa rezar, é isso mesmo rezar! Como se o fato de você tentar se entender e buscar entender o mundo a sua volta fosse uma doença... Talvez o comodismo de simplesmente se alienar fosse realmente mais fácil, mas não pra mim, não consigo viver fingindo, eu cansei de viver assim...
Nessas minhas viagens internas comecei a ver que eu estava vivendo num mundo não compatível comigo. Tinha virado algo que eu não gosto, um tipo de pessoa vazia, fútil e cercada de falsidades. Viver se refugiando em lugares badalados, se preenchendo de falsa populariedade e álcool, tentando encontrar preenchimento emocional em beijos vazios e de pessoas desconhecidas. Isso estava realmente me fazendo mal, não me reconhecia mais....
É engraçado, não sinto falta disso, e nem de alguns que compartilhavam toda aquela fantasia comigo, é como se você descobrisse que a bela amizade e os belos "eu te amo" eram todos passageiros, que só se hospedavam em badalações... Com tudo acabei percebendo que não quero ter amigas de baladas e sim pessoas que sejam verdadeiras, que tenham afeto verdadeiro, que sejam verdadeiras e não pessoas forçadas e exibicionistas... Acabei percebendo que era uma pessoa assim.
É mas tudo continua, e o mundo, e muito menos as pessoas, param para compartilhar a sua queda com você! E você tem que se erguer sozinha, é poxa, isso é difícil, mas aprendi a viver sozinha, acho que até vivo melhor assim, me escuto mais assim, deve ser porque sempre vivi assim, afinal menininha filha única criada trancada num apartamento vazio, onde tinha que viver no seu país próprio, sem ninguém.
Não escrevo para conseguir piedade de ninguém, na verdade piedade pra mim é um dos piores sentimentos que se pode ter por uma pessoa. Também não busco compreenção, mas sim um simples desabafo. Até porque, creio eu, que ninguém lerá isso.

Bom aqui se vai meu primeiro gigante post. hehehehe