sábado, 22 de novembro de 2008

New season!

É cansou...
A atriz cansou de fingir...
A platéia cansou de aplaudir, cansou de tentar entender, de fingir que entendia, ou de achar que entendia... Nunca entendeu.
A peça era complexa demais para a platéia... Faltavam muitos elementos essenciais para tal entendimento.
A máscara?! Ela cada dia tá descolando mais da face cansada... É um fardo ter que assumi-la... E tal fardo, até fazendo ela pesar cada vez mais, caindo lentamente da face da atriz...

Será que esse teatro tá falindo?! Que essa temporada vazia e não produtiva esgotou os recursos da administração?!

Não dá?! Para ser 3 em 1... Ser só 1 é difícil... Ser atriz, ser mascarada, ser administradora, isso é muito.... A platéia já vão vale mais isso tudo...

Causou...
A pláteia viciou, se tornou dependente... Mesmo não entendo o enredo, mesmo não conseguindo acompanhar.
Cansou...
A atriz não tem mais prazer em representar, ela jogou a máscara fora, queimou o figurino, rasgou o roteiro, e agora?!

Agora só falta ver o resulado, só falta descobrir se a platéia vai continuar fiel a atriz...

Um novo espetáculo acabou de começar!

domingo, 2 de novembro de 2008

Respeitável público!

Quantas faces um personagem pode ter?!
Somos múltiplos, você alguma vez já parou para pensar nisso?! É divertido não?!
Hoje somos um, amanhã somos outro, mas semana que vem não seremos o mesmo!
É brincar! É curtir! É sonhar! É REALIZAR!

Somos personagens de uma grande peça, a vida! Somos escritos por nós mesmos! Sim, somos escritores, e dos bons! Somos diretores e produtores também... Nos criamos, nos coordenamos, nos montamos... Mas será que gostamos do resultado? Somos também espectadores?! Nossa própria platéia?! Acho que sim... E por isso, nosso auto-teatro seja tão gostoso!

Atuamos numa peça diferente, uma que é apresentada junto com outras... Uma sinfonia... Nossos personagens, com outros personagens, de outros autores! Um festival...

Um dia, somos uma peça dramática, outro uma aventura, outro uma comédia, e assim vai... Intercalamos os mais variados gêneros! Somos artistas, e nós mesmos nossa obra... Apenas precisamos enxergar...

Somos escritores, somos sonhadores, somos apenas personagens... Humanos!

domingo, 26 de outubro de 2008

Selfworld?!

Nós giramos em torno de nós mesmos? Será que não há risco de colisão com outros astros?!


É engraçado como pensamentos vem e vão, as vezes não só pensamentos soltos, as vezes imagens que passam como um filme, mas não com sua direção normal, é algo q é adiantado e depois rebonina e adianta, presente, futuro (?), passado, presente, passado, o que é real? O que é atual?!
Muitas vezes nós questionamos sobre tantas coisas ao mesmo tempo e sem resposta, mas se alguém tiver uma pra minha, por favor, mostre-me... Isso já está me enlouquecendo....


SOMOS NÓS RESPONSÁVEIS PELA NOSSA PRÓPRIA VIDA, ATOS, SENTIMENTOS, ATITUDES?!


Pensando individualmente, diriamos que sim. Afinal, cada um tem seu consciente, sua personalidade. Mas pensamos em grupo, as atitudes e vontades alheias interferem e muito em nós... Pois sendo grupós, não somos um só! Nossa atitude não mexerá só em nosso rumo, é algo coletivo.
Um planeta gira em torno dele mesmo, mas ao mesmo tempo, a velocidade de sua rotação tem que ser perfeita, ou isso influenciará na rotação de outro planeta... Somos nós planetas?
Um universo não é formado de só um planeta, mas um conjuto de planetas, estrelas...
E nós? Somos formados de que? O que precisamos levar em conta para termos uma rotação perfeita?!


É uma coisa louca essa vida! Temos que seguir nosso caminho buscando o queremos, mas será que o caminho é certo? Será que merecemos o que queremos? Será que somos capazes de realmente alcançar esse objetivo?

Vocês podem me dizer que sim e vir com frases bonitas e prontas para me convencer, mas pensem isso é o mesmo que livros de auto-ajuda... E estes não ajudam em nada....

O QUE AJUDA?
O QUE É CERTO?
O QUE DEVEMOS FAZER?
PARAR? FICAR? SEGUIR? IR EMBORA?

Ir embora de si mesmo é tão difícil... Porque quando vamos embora, não abandonamos só o espaço e as matérias, mas nos abandonamos... Abandonamos pedacinhos que ficaram com as matérias e levamos pedacinhos dessas matérias... Nunca vamos sozinhos, mesmo estando completamente sozinhos....

Somos planetas independentes afetados pelo universo!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Você já parou alguma vez para analisar a suposta "Evolução do Homem"?!
Sei que não sou nenhuma cientista ou antropologista, mas acho que em muitos pontos o Homem hoje está regredindo e não evoluindo...
Viver como nômades era algo simples e prático, talvez não tão longe assim, viver em tribos, como índios e outros tipos de nativos... Mas hoje, vivemos enjaulados, assim como animais de exposição. Isso é tão sufocante... Não me conformo que existam pessoas nas quais não sejam capazes de sentir isso.
Criamos raízes, mas do que adianta?! Não somos plantas, não precisamos destas para nos alimentarmos, apenas para criar dificuldades para seguirmos em frente... Porque pensar em moradias e estabilidade?! Vivemos milhares de anos sem nem saber da existência dessas?!
Pode parecer hipocrisia minha, ou seja lá o que você está achando! Mas isso me deixa confusa... Porque eu mesmo sabendo que essas raízes materiais só me fazem prisioneira não consigo poda-las?!
Fico observando a vida dos aventureiros, simples caminhantes, livres como animais silvestres, e ao fundo vejo que os invejo... Sim eles, os autais hippies... Eles não se preoculpam, vivem de BR em BR, ou seja qual a sigla da rodovia, sendo levados pelo vento... Eles não carregam preocupações, arrependimentos por ter largado suas importancias, apenas vontade de ser feliz, e seguir...
É, mas sou um ser capitalista urbano... Nunca serei um animal silvestre... Mas um bicho de estimação trancado e insatisfeito com os donos...
Mas não custa sonhar...
Boa noite...

domingo, 19 de outubro de 2008

Crônica do amor - Arnaldo Jabor

"Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa. "

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Pensei em tantas formas de escrever... Todas me levavam a contar uma historinha começando com um "Era uma vez...", muito bonitinho não? Mas não é justo, não vivemos em contos de fadas.... Não existe "era uma vez", mas sim "é a vida todo dia", "é em mim, em você, no cara lá da esquina"... É a vida....

É um pensamento.... Uma viagem mental que surge do desejo de uma tatugam nova, que seria usada para marcar uma nova era... Mas por que a necessidade de mostrar essa nova era? Será que só acreditamos naquilo que vemos? Que temos q mostrar pros outros? Somos mesmo tão céticos assim?!

É uma coisa banal, mas de extrema importância, algo paradoxo, mas simples....

É A MUDANÇA... A TÃO ESPERADA METAMORFOSE!

Ia contar uma história de borboletas... Como elas sofrem para mudarem de feias lagartas para belíssimos serem alados! Mas minha mudança não traz asas, não físicas... Não sou lagarta, nem serei borboleta...
Não tocarei na fênix e seu canto fúnebre enquanto arde em chamas... Não me matarei... Não renascerei... Tenho medo de fogo!

Contarei sobre uma menina que sonha em ser livre e forte... Uma doce menina que se esconde sobre uma armadura forte e amargurada! Só porque esta sabe que talvez seja fraca...
Vou dizer como ela está crescendo, e está mudando.... Tá largando a armadura, tá aprendendo a pensar... Tá finalmente vendo que pensamentos não só trazem tristeza, trazem crescimento... E como seu pai sempre lhe diz: 'Uns aprendem pelo amor, outros pela dor.'
Mudanças doem, doeu pra borboleta na sua fase de hibernação em seu casulo, doeu pra fênix ao contruiar seu ninho e se queimar, e tá doendo pra menina que viu que é hora de mudar...

Mas depois de tudo vem o resultado... E esse? Ah! Sobre esse ainda não falo, não sei....
Mudanças são constantes, eternas... Mas sempre nos levam além....
E a menina quer sempre ir além, ela sabe que pode... Ela não é mais menina... Ela não sonha com o futuro... Ela cresceu e agora é o futuro dos seus sonhos....

domingo, 21 de setembro de 2008

E o espetáculo está montado,
A platéia posicionada,
E o artista começa sua apresentação,
com sua marionete enfeitiçada.

E ela sorri, faz o seu show,
tudo para agradar seu mestre.
Ele não manda, não.
Mas ela sabe como obedecer,
ela é uma bela boneca enfeitiçada.

E no fim da apresentação,
ela vai para o baú.
E lá fica a imaginar, até quando isso vai durar?!
Mas não reclama, ela gosta de estar no palco com seu mestre.
Ela tem medo que suas cordas sejam cortadas um dia.
Então fica quieta, só a esperar...

Uma bela marionete,
um belo manipulador.
Uma bela história,
uma bela mentira.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

É loucura, mas não sei o que escrever, há muito tempo não sei mais... Só quero escrever....
São tantas coisas soltas, voando, pairando, correndo, separadas, que não tem como junta-las e prende-las à um assunto...


Ando pensando em fins... Em sentido geral... Fim de vida, fim de encontros, fim de sentimentos, fim de "relacionamentos", fim de pessoas, fins sem inícios, fins sem fins... Mas esses pensamentos são tão loucos, tão sem razão... Por que pensar em fins?! Porque não pensar em começos?!
Simples, com fins, surgem começos... E assim viram meios já querendo ser fins... Mas se fomos pensar assim, os fins nunca existiriam, porque isso seria um ciclo, e ciclos não tem fins...
Fins são passagens?! São sim! Passagens mais do que necessárias em nossas vidas...


A vida em si é mega passageira, nada é pra sempre, nada é durável! Nada é concreto!
Pensamentos muito menos!
E as palavras?! Essas nem comento, essas nem formas tem! São insípidas, inodoras, mas podem ter cor! Mas nunca forma... Elas formam, mas soltas não dão em nada! Não ditas então! São só pensamentos!
Pensamentos são constantes!
Palavras?! São momentêneas... E tem vontade própria!!!



Sobre o que eu to escrevendo?!
Não sei....
Sobre tudo, sobre nada, sobre o que eu tenho pensado e definido. Mesmo sem definição!


segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Somos Nietzsche?!

Filosofia, pensamentos, livros! Como os que me conhecem sabem, sou apaixonada por eles! Mas ultimamente tenho me focado em um ser específico! Nietzsche!
É, aquele maluco que fala umas coisas complicadas mesmo! Afinal, se seus "pensamentos" não fossem complicados, talvez eu não teria desenvolvido essa nova "curiosidade" por ele, pois adoro pensamentos assim... Como sabem, uma das minhas paixões é Clarice Lispector! Acho que quanto mais abstrato e "complexo" um pensamento divulgado seja, talvez a chance de maior n° leitores se compreenderem nele.
Bom, vamos ao ponto que eu quero chegar!


Eu estava analisando uma das frases que mais gosto de Nietzsche hoje, e cheguei a conclusão, que todos somos um pouco como ele, a diferença é que ele exterioriza o que sente.

"É preciso ter caos dentro de si para dar luz à uma estrela dançante."

Se pararmos para rever alguns acontecimentos pessoais, veremos que, mais uma vez, Nietzsche estava corretíssimo. Quase sempre funcionamos em pressão, mesmo que seja essa exercida pelo nosso inconsciente.
Comigo com certeza é assim... O caos interno me impulsiona a enxergar as coisas mais claramente e a fazer as coisas que eu devo fazer mais facilmente... Talvez porque este, muitas vezes toma uma proporção tão grande que passa a te sufocar, e ao "respirar" você simplesmente "solta" aquelas razão mais claramente para sua mente, e assim você as enxerga!
Confuso?! Nem tanto, como talvez pareça, mude os personagens, coloque-se em uma grande situação de caos interno, agora faça o que eu disse. Pronto, você me entendeu!
Agora talvez você esteja se perguntando: E aí, cade as estrelas dançantes?! Bom, o resultado de seus pensamentos, suas decisões, seu alívio, todos esses resultados claros se tornam suas "estrelas dançantes". E cabe só a você, coloca-las aonde elas deve estar para brilhar e dançar mais, ou deixa-las aonde seu brilho será ofuscado e seu ballet atrofiado, e você as esqueça... E esqueça junto, o quanto, talvez, seja bom viver com caos!
Afinal, como já dizia Durkheim a Anomia é mais do que necessária para movimentar uma sociedade, e por que não, uma anomia interna, para nos movimentarmos?! Afinal, ele mesmo, já nos provou que nada funciona de forma harmônica.

*A anomia é um estado de falta de objetivos e perda de identidade, provocado pelas intensas transformações ocorrentes no mundo social moderno. Ou seja, Caos!

Comecem a estudar seu caos! Este pode ser muito mais importante e impulsionante do que você imagina!


"Não é a verdade que é sagrada, mas a procura da nossa própria verdade! Haverá ato mais sagrado do que a auto-inquirição? Minha obra filosófica, dizem alguns, está erigida sobre areia: meus pontos de vista mudam constantemente. Mas uma de minhas sentenças de granito é:-"Torna-te quem tu és". E como descobrir quem e o que se é sem a verdade?"(Nietzsche)

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Engraçado como as vezes precisamos experimentar o ruim para reconhecer o que realmente é bom. Isso talvez possa soar meio estranho, até por que não está em um contexto, mas vamos lá, deixa eu tentar explicar...
Ontem eu estava conversando com um amigo e não sei porque o assunto foi parar em falsos amores, aqueles que achamos que sentimos, ou que nos forçamos a sentir para provarmos algo. É, isso pode ser meio estranho, mas isso acontece com as pessoas com mais frequência do que se pode imaginar. Eu mesma já tive dois desses... Bizarro né?!
Então, vamos para o resultado das coisas, nos forçamos a sentir algo, nos iludimos, muitas vezes iludimos pessoas junto e muitas vezes acamos frustados, porque aquilo não vai ser como esperávamos e o pior, alguns de nós até traumatizados.
Não estou aqui hoje para falar sobre como isso acontece, o porque acontece e como nos damos conta disso. E sim para falar sobre o oposto.

Após eu pensar sobre essas "paixões" e em como explica-las, fiquei buscando uma forma de como fazer o inverso. Ou seja, perceber e explicar como é quando esses sentimentos são verdadeiros. Estranho né?!
Muitos pensadores, poetas, escritores, músicos, etc... Já buscaram formas de traduzir isto, sei que nós, pessoas pseudo-pensadoras também buscamos isso, mas muitas vezes guardamos para nós mesmo.

Como é está apaixonado de verdade? Cada um tem sua forma de se apaixonar. Mas acho que alguns "sintomas" são iguais para todos nós. Como por exemplo: Sorrisos bobos sem razão, a falta gritante e sufocadora que a pessoa faz, a vontade de falar nela toda hora, a atração magnética que seus olhos, e seu corpo em si, sofrem sobre esta, a enoooooooooorme frequência desta em seus devaneios, em quais muitas vezes você se pega imaginando até as situações mais ridículas com essa pessoa, como diz uma amiga minha: "cara eu me imagino até cozinhando com ele".
Só que muitas vezes junto com tantas coisas boas, esses sintomas vem acompanhados da terrível indagação que não te abandona um segundo e que te deixa mais angustiado do que você pensava que um dia poderia ficar, daquelas que suga seu ar todo e te deixa com um enorme vácuo interno. A razão. Será que não podemos deixar de pensar no porque isso aconteceu um segundo? Sobre como nós fomos deixar acontecer?(Sim, porque quase sempre nos culpamos por uma coisa que é inevitável, que não depende da vontade de ninguém).
São coisas que você só vai perceber que sente com o tempo, com o convívio ou com a falta dele. Que muitas vezes nem percebemos que sentimos, até isso estourar de repente como uma bomba em nós. E aí? E aí que ficamos perdidos, sem chão, sem caminho, inertes.
Mas sabe? Essa sensação de estar sem chão é mais do que gostosa. Assim como o frio no estômago pela ansiedade de ver, de tocar, de pensar. Assim como a preocupação de não demostrar, não ser "descarado", mas querendo deixar a dúvida no ar. E principalmente a sensação do olhar intenso. Ahhhhhhh! Essa pra mim é a mais gostosa. Amo olhares, amo observar. Se observar o que é belo já é bom, imagina a sensação de observar aquile que tem significados mais que fortes para você?

Então, se tudo é tão gostoso e mágico assim, porque muitas vezes transformamos isso em uma coisa terrível que deve ser exterminada?! Tudo é feito para se curtir e se aproveitar, nada acontece por acaso. Viver os mometos e sentir como estes são especiais é o que torna a vida mais gostosa, é o que nos traz a sensação de felicidade do dia. A felicidade não é um status permanente, como muitos acham, aquele que tanto buscamos as vezes, a felicidade em si é sentirmos como aquele momento mexeu com a gente trazendo coisas mais do que inesquecíveis.

Com o fim da minha "pequena" descrição! Deixo a minha dica para vocês meus amigos!

NUNCA DEIXEM DE APRECIAR OS MOMENTOS OU A VIDA, SEJA LÁ PELO MOTIVO QUE VOCÊ TIVER. PORQUE ESTES SÃO ÚNICOS, SÓ ACONTECEM UM VEZ E COM UMA INTENSIDADE. E O ARREPENDIMENTO DE TER DEIXADO ESSES MOMENTOS PASSAREM É UMA DOR ENORME, UMA FERIDA QUE SEMPRE ESTARÁ ABERTA!

domingo, 6 de julho de 2008

A big daydream...

Você já se sentiu como se pertecesse a um universo paralelo?!

Ultimamente tenho percebido que sou, na verdade, nada mais do que uma autista não diagnosticada. Afinal, não é normal alguém passar mais de 90% de seu tempo "viajando", as vezes até nas situações mais absurdas.
É engraçado como ao longo de 19 anos sempre me senti um peixe em pleno deserto. É como se eu não fizesse parte de nada ao meu redor.. Na verdade é como um amigo meu definiu uma vez, "você na verdade vive tentando se encaixar no mundo", e ele está absolutamente certo!
Eu sempre gosto de associar o que acontece as pessoas com sua infância. E quando eu era criança meus desenhos preferidos eram Alice no país das Maravilhas, O estranho mundo de Jack e O fantástico mundo de Bob. Sim os dois primeiros não são muito comuns à uma criança, meninas geralmente amam as princesas da Disney, na verdade nunca gostei delas, sempre as achei burras e intediantes. Mas sempre amei a Alice, e sempre me via muito nela, me sentia como se estivesse presa num mundo irreal como tal.
Outro dia estava conversando com uma amiga, na ocasião estava muito confusa, até um pouco infeliz, pois me sentia apaixonada perdidamente por um personagem de livro. Na verdade, estava mais era revoltada comigo mesma, pois como meu era capaz de me apaixonar por algo irreal, enquanto não sou capaz de fazer o mesmo por algo concreto?! Acho que isso acontece pois muitas vezes nos fechamos para o mundo que vivemos, consequentemente para as possibilidades. E nós humanos temos necessidade de absorver sentimento de algum lugar, nem que seja de uma fantasia. No meu caso, acho que foi tentar negar meu sentimento atual.
Acho que eu ando me prendendo demais na minha paixão por livros e filmes, tenho que deixa-los um pouco de lado e tentar me apaixonar pela realidade. Ou tentar quebrar minha redoma de vidro que está mais do que bem vedada. Pois me sentir afundando num mar de pensamentos está me enlouquecendo.

Mas quem sabe a vida não seja isso mesmo, um grande devaneio?!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Well, let's start!
Esse blog não é para ser algo inspirador, ou um relato condidiano, mas sim um espaço para desabafar, para soltar os pensamentos e os sentimentos... Não é para se esperar palavras bonitas e rimas boas, nunca fui muito boa com isso... hehehe... Mas para lerem minhas "verdades"...
Não é um bom modo para se começar um blog eu sei, nunca fui muito boa em começar coisas, talvez porque eu simplesmente não sei começa-las. Mas ultimamente tenho sentido um bolo preso na minha garganta e no meu peito me sufocando, e não tinha aonde cuspi-lo, é engraçado como quando você quer ir á uma festa surgem 500 pessoas disponíveis, 100 sorrisos falsos para você, mas quantas dessas pessoas e desses sorrisos realmente te estendem a mão, ou te escutam quando você precisa soltar o que você sente?!

Essas últimas semanas eu andei, e ainda ando, muito pensativa. Comecei procurar respostas para perguntas que há muito tempo eu tenho deixado em branco, mas chega um dia em que você precisa parar tudo e pensar, ou você surta... Se achei minhas respostas? Sim, algumas... Mas nem todas foram muito "felizes".
Sabe, nesse meio tempo eu me afastei de tudo e de todos, apenas para me escutar, mas parace que as pessoas não compreendem que as vezes a gente apenas precisa de um tempo pra gente, e tudo começa a virar um grande drama, começam a dizer que você tá estranha, tá doente, tá depressiva, até que precisa rezar, é isso mesmo rezar! Como se o fato de você tentar se entender e buscar entender o mundo a sua volta fosse uma doença... Talvez o comodismo de simplesmente se alienar fosse realmente mais fácil, mas não pra mim, não consigo viver fingindo, eu cansei de viver assim...
Nessas minhas viagens internas comecei a ver que eu estava vivendo num mundo não compatível comigo. Tinha virado algo que eu não gosto, um tipo de pessoa vazia, fútil e cercada de falsidades. Viver se refugiando em lugares badalados, se preenchendo de falsa populariedade e álcool, tentando encontrar preenchimento emocional em beijos vazios e de pessoas desconhecidas. Isso estava realmente me fazendo mal, não me reconhecia mais....
É engraçado, não sinto falta disso, e nem de alguns que compartilhavam toda aquela fantasia comigo, é como se você descobrisse que a bela amizade e os belos "eu te amo" eram todos passageiros, que só se hospedavam em badalações... Com tudo acabei percebendo que não quero ter amigas de baladas e sim pessoas que sejam verdadeiras, que tenham afeto verdadeiro, que sejam verdadeiras e não pessoas forçadas e exibicionistas... Acabei percebendo que era uma pessoa assim.
É mas tudo continua, e o mundo, e muito menos as pessoas, param para compartilhar a sua queda com você! E você tem que se erguer sozinha, é poxa, isso é difícil, mas aprendi a viver sozinha, acho que até vivo melhor assim, me escuto mais assim, deve ser porque sempre vivi assim, afinal menininha filha única criada trancada num apartamento vazio, onde tinha que viver no seu país próprio, sem ninguém.
Não escrevo para conseguir piedade de ninguém, na verdade piedade pra mim é um dos piores sentimentos que se pode ter por uma pessoa. Também não busco compreenção, mas sim um simples desabafo. Até porque, creio eu, que ninguém lerá isso.

Bom aqui se vai meu primeiro gigante post. hehehehe